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quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Palavras do Iorubá na Língua Portuguesa Brasileira
Você sabia... qual a extensão da influência africana no português brasileiro? Por quase trezentos anos, o Brasil recebeu milhares e milhares de africanos, aqui trazidos como escravos para o trabalho rural ou na mineração. Vieram negros de praticamente toda a África, mas deles destacam-se dois grandes grupos: o guineano-sudanês e o banto. Esses povos falavam muitas línguas, das quais quatro exerceram razoável influência na nossa. Do primeiro grupo, podemos mencionar o iorubá ou nagô (Nigéria) e o eue ou jeje (Benim). Do segundo, o quimbundo (Angola) e o quicongo .(Congo).
Uma série extensa de palavras oriundas dessas línguas incorporaram-se ao nosso léxico, especialmente as relativas a:
· | Divindades, conceitos e práticas religiosas , ainda hoje utilizadas na Umbanda, Quimbanda e Candomblé (inclusive essas três palavras) -Oxalá, Ogum, Iemanjá, Xangô, pombajira, macumba, axé, mandinga, canjerê, gongá ( ou congá); |
· | comidas e bebidas (muitas delas, originariamente, comidas e bebidas-de-santo, que depois se popularizaram na nossa culinária, notadamente na baiana) - Quitute, vatapá, acarajé, caruru, mungunzá, quibebe, farofa, quindim, canjica e possivelmente cachaça; |
· | topônimos , isto é, nomes de lugares e locais - Caxambu, Carangola, Bangu, Guandu, Muzambinho, S. Luís do Quitunde; cacimba, quilombo, mocambo, murundu, senzala; |
· | roupas, danças e instrumentos musicais - Tanga, miçanga, caxambu, jongo, lundu, maxixe, samba, marimba, macumba (antigo instrumento de percussão) , berimbau; |
· | animais, plantas e frutos - Camundongo, caxinguelê, mangangá, marimbondo, mutamba, dendê, jiló, quiabo; |
· | deformidades, doenças, partes do corpo - Cacunda, capenga, calombo, caxumba, banguela, calundu, bunda. |
Várias palavras produziram compostos e derivados, como pé-de- moleque , molec agem, mini tanga , quiab inho, angu -de-caroço, dende zeiro e tantas outras. Curiosa é a formação de capanga , de provável origem banto: a forma normal é panga (companheiro), que entrou para o português acrescida do prefixo diminutivo ca . Isto quer dizer que na origem "capanga" significa "companheirinho". De procedência africana são também provérbios como "por fora, muita farofa ; por dentro, molambo só" (aqui, farofa = ostentação e molambo = trapo, farrapo).
Enquanto a grande maioria dessas palavras entrou há muito tempo na língua, uma outra é de chegada mais recente: rastafari , em que o elemento de origem árabe rasé título de chefe etíope (da Etiópia, Nordeste africano). Designa tipo de penteado muito em moda nos últimos tempos no Brasil. A África continua inspirando...
A influência africana fez-se sentir também na área da fonética, combinada com a influência indígena, já que os especialistas têm dificuldade de identificar a ação de cada uma separadamente. Essa influência operou-se principalmente no linguajar chamado "caipira", utilizado pelos falantes da área rural com instrução formal pouca ou nenhuma. Assim, são atribuídas à influência afro-indígena formas como tá (está), mió (melhor), fulô (flor), muié (mulher), paiaço (palhaço), cosca (cócega), memo(mesmo), aquerditá (acreditar), num (não), andano (andando), etc. Entretanto, algumas dessas formas podem ter-se originado do próprio português lusitano na época da colonização. Várias palavras africanas penetraram também no português europeu, mas a influência aqui foi sem dúvida maior.
Vocábulos Afro-brasileiros
Abadá | Túnica branca. |
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Abalá | Massa africana utilizada na cozinha Afro-brasileira. |
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Abalaú-aiê | Orixá utilizado |
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Abebé | Leque da deusa Oxum quando de latão, e da deusa Iemanjá, quando pintado de branco. 0 leque e de forma circular, tendo recortada no centro a figura de uma sereia. |
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Aberém | Culinária Afro-brasileira. Bolo de milho ralado na pedra e cozido envolto em folhas de bananeira. |
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Abiãs | Na escala de hierarquia feminina, no candomblé, a abiã e a pre-noviça nos ritos primeiros. indivíduo que ainda não passou pela cerimônia de iniciação, propriamente dita, mas que já "deu" (realizou) o bori pré-iniciático. |
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Abrazô | Comida Afro constante de pequenos bolos feitos com farinha de milho , azeite-de-dendê, pimenta e outros temperos e fritos no mesmo azeite. |
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Abuxó | Fava usada pelo pai-de-santo nas cerimônias do terreiro e tida pelos crentes como possuidora de várias virtudes curativas. |
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Acaçá | Na cozinha Afro-brasileira, e um dos pratos indispensáveis ao paladar coletivo. Bolo de arroz e milho. |
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Acarajé | Prato típico da cozinha Afro-brasileira. Bolinho de feijão frito no azeite de dendê. |
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Adjá | Pequena campainha de metal , também usada nos candomblés, soando para convidar os crentes a assistira a cerimônia de dar comida aos santos é também sineta ritual, com uma, duas, ou mais campânulas. |
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Ado | Gulodice feita de milho torrado, que se reduz a pó e se tempera com azeite-de-cheiro , ao qual se pode adicionar mel de abelha. |
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Ado-Chu | Massa de ervas e sangue de animais sacrificados no culto Jejê-nagô e posta no alto da cabeça raspada da iauô catecúmeno que esta sendo iniciada na religião Afro- brasileira. |
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Adubalé | Saudação das filhas e filhos-de-santo nos candomblés baianos. |
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Afoxé | Ritmo afro do carnaval. |
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Afurá | Bolo de arroz fermentado. Serve-se com água açucarada, na qual se dissolve, formando uma bebida refrigerante apreciada na África entre os nagôs e pela população Afro-brasileira. |
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Aganju | É um deus nagô, filho d e Obatalá, o céu, e de Odudua, a Terra. Aganju simboliza a terra firme. |
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Agogô | Instrumento musical. |
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Aguê | Catuto coberto de um rendilhado de "lágrimas-de-nossa-senhora", usado como instrumento musical nos candomblés. |
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Aguiri | Amuleto dos negros brasileiros descendentes dos escravos sudaneses. |
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A-I-É | Festa religiosa e profana dos Afro-brasileiros no primeiro dia do ano. " No primeiro de janeiro, costumavam dar uma função , para a qual se cotizavam com antecedência, era a festa chamada A-I-E. 0 objetivo era cumprimentar o Ano Novo, augurando felicidades e boa colheita para todos". |
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Ai-I-Ú | Jogo africano de tabuleiro. |
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Ai-Lá | Oração dos negros malês muçulmanos. |
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Aiocá | Princesa de Aiocá. Urn dos cinco nomes, no candomblé para, a Iemanjá, orixá das águas, no culto Jejê-nagô. |
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Ajê-Xalugá | Deus da medicina, deus da saúde para os nagôs. |
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Ajibonã | Auxiliar de mães-de-santo, acompanhando a filha-de-santo na iniciação. |
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Ajó | Oração recitada durante o preparo de um ebó, feitiço das antigas macumbas. |
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Alabê | O chefe dos tambores nos candomblés. responsável pela música e pelos atabaques. |
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Alijenu | Espíritos diabólicos para os negros Malês. Os alufás superiores, apesar da crença, usam dos aligenum, espíritos diabólicos para o bem e o mal. |
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Alufá | Nome genérico para o negro muçulmano. |
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Alujá | Uma dança negra no Brasil, trazida pelos escravos africanos. |
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Aluvaiá | É o orixá dos negros Bantos. É um Exu da nação Angola. |
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Amaci | Banho ritual, feito de ervas. |
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Amori | Prato Afro-brasileiro feito com as folhas da mostardeira, sem cortar , fervidas e temperadas e , depois, fritas no azeite- de-dendê. |
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Amurê | É o casamento dos negros malês. Depois de tudo combinado, os noivos, padrinhos e convidados dirigiam-se a casa do sacerdote. |
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Amuxã | È um iniciados que portam o ixã e funcionam como guardas espalhados pelo terreiro e nos seus limites, para evitar que alguns Babá ou os perigosos Apaaraká que escapem aos olhos atentos dos ojés saiam do espaço delimitado. |
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Anamburucu | O mais velho dos três orixás das águas Iabá cuja epífania são as águas profundas e lodosas. |
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Anguite | Espécie de "angu de negra" de minas, parecido com caruru da Bahia. |
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Aniflaquete | Orixá dos xangôs. |
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Aripá | Veneno preparado pelos escravos africanos. Era preparado da cabeça da cobra cascavel. |
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Arroz de Aussá | Arroz cozido na água sem sal. A origem do quitute pertence aos negros haussás da Nigéria. |
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Aruaru | Orixá do sarampão. |
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Árvore | Os africanos tem pela árvore um sentimento religioso. |
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Assumi | O jejum anual dos negros malês. O jejum era efetuado no intervalo de uma lunação, isto e, começava na lua nova, e terminava na lua seguinte. 0 cardápio era de inhame e bolas de arroz. |
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Astros | O povo brasileiro guarda claros vestígios dos cultos astrolábios herdados de europeus, negros e ameríndios. |
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Atabaque | Tambores primários feitos com peles de animais. |
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Ataré | Pimenta-da-costa. Nossa pimenta malagueta. |
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Atô | Tabuas em que os malês escreviam as orações com tinta de arroz queimado. |
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Axé | Energia vital, sagrada, do orixá. A força que está nos elementos da natureza, como animais, plantas, sementes e outros. |
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Axés | Liquido de estranho e ativo cheiro em que se mistura o sangue de todos os animais sacrificados, em todos os tempos, no candomblé. |
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Axogun | Responsável pelos sacrifícios dos animais. |
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Axoquê | Deus para os negros malês. |
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Babalaô | Sacerdote dos cultos Jejê-nagôs. |
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Babalorixá | É o pai-de-santo, zelador, pai-de-terreiro, o mestre, guia terreno, governador espiritual e administrador do candomblé. |
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Baiani | Orixá dos negros iorubanos. |
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Baiano | Dança viva com coreografia individual permitindo improvisações a habilidades de pés e velocidade de movimentos de corpo. |
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Balangandãs | Coleção de ornamentos de prata que as negras trazem pendentes na cintura , nos dias de festa, principalmente na festa do Senhor de Bonfim. |
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Balê | É um quartinho retirado fora do barraco das festas, destinado a hospedar o espírito dos mortos, antes da grande viagem para o outro mundo. |
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Balé | Espírito de morto; egun. |
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Bambá | Dança dos negros africanos, em circulo de homens e mulheres que cantam o estribilho: " Bambá, sinhá bambá, querê! ". Ao som das palmas cadenciadas , em aplauso a um ou dois dançarinos. |
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Bangüê | Padiola em que se conduziam cadáveres de pretos escravos. Este vocábulo tem outras significações , aparece constantemente no folclore brasileiro. |
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Bantos | Grupo de cerca de cinqüenta milhões de pessoas da África Central. |
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Banzé | Banze-de-cuia, uma das danças do bailado Moçambique. Pode ter dado origem ao samba. |
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Barquíssu | O santuário do candomblé Afro-brasileiro na liturgia dos negros bantos. |
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Batá-Cotô | Tambor de guerra. |
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Batucajé | Dança profana ao som de tambores ou ruído produzido pelo toque dos atabaques. Titulo genérico para os bailados religiosos. |
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Beji | Os gêmeos nos candomblés Jejê-nagô, identificados como São Cosme e São Damião. |
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Bem-Casados | Nome de um biscoito. Veio da África Ocidental. |
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Bobó | Comida Afro-brasileira. A base de camarão e aipim. |
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Bori | Ritual de "dar comida à cabeça", realizado antes da iniciação e também quando é necessário fortalecê-la por alguma razão. |
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Cair no Santo | Entrar em transe, possessão mediúnica nos candomblés. Indica a chegada do orixá no corpo de seu cavalo. |
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Candomblé | Festa Afro-brasileira religiosa dos negros Jejê-nagôs no Brasil. |
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Cangá | Instrumento musical africano, feito de cana de bambu. |
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Canjerê | Feitiço, na acepção de coisa-feita, despacho, dança negra de fundo religioso. |
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Canzuá de Quimbe | Terra dos mortos. |
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Capoeira | Arte marcial de origem Afro. Foi introduzido no Brasil pelos escravos bantos da Angola. |
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Cariapemba | Entidade maléfica para os escravos africanos. |
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Caruru-dos-Meninos | Refeição oferecida pelo devoto dos Ibeiji ou os gêmeos identificados como São Cosme e São Damião. |
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Dadá | Orixá sudanês, protetor dos vegetais. É o primeiro dos quinze filhos de lemanjá, saídos do seu ventre depois da violação de Orungã. |
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Dandalunda | É um dos nomes de lemanjá. 0 mesmo que Mãe Dandá. |
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Dendê | Fruto do dendezeiro (palmeira). 0 azeite a indispensável na culinária afro-brasileira. |
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Dengué | Milho branco, cozido com um pouco de açúcar. |
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Despacho | Feitiço, macumba, coisa-feita. |
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Ebó | Farinha de milho branca e sem sal.Depois de cozida, certas tribos africanas adicionavam azeite de dendê. |
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Ebò | Descarrego de más influências; limpeza espiritual; inclui o sacrifício de um animal, geralmente. |
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Ecu | Bailado dos candomblés Afro-brasileiros. |
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Ecuru | Farofa de massa de feijão-fradinho diluído em mel de abelhas ou azeite-de-dendê. |
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Efum | É a cerimônia de pintar a cabeça de iauô, candidata ao posto de filha-de-santo. |
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Egun | Morto, balé. |
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Egungun | O mesmo que Egum, cerimônia nas macumbas, onde são invocados os espíritos bons e protetores. |
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Ekede | Ebomi do sexo feminino, que não entra em transe e tem funções de auxílio ao orixá (uma espécie de "aia" deste), tendo como obrigações principais vesti-lo, cuidar de suas roupas, dançar com ele, estar permanentemente ao seu lado quando entra em transe , atendendo a seus pedidos, enxugando o suor do rosto de seu "filho" durante a dança. |
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Équédi | Na hierarquia feminina dos candomblés, são servas voluntárias das filhas-de-santo, ajudando-as, por devoção aos orixás, nos trabalhos de vestuário e ornamentos. |
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Eran-Paterê | É um naco de carne verde, bem fresca, salgada e frita no azeite. |
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Ere | É um orixá filho de Xangô. Entidade infantil, espírito menor, particular de cada iaô, que nasce durante a feitura de seu santo. |
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Erê | Criança, no rito angola. |
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Etu | Feitiço que se obtém com um punhado de terra do cemitério. |
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Exu | Também conhecido por Elegbára (ele=dono; agbára=poder). É o representante das potências contrarias ao homem. Os africanos assimilam-no ao demônio dos católicos. |
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Feitiçaria | É o nome genérico para designar todas as praticas de magia popular. |
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Feito em pé | Diz-se do santo, nos candomblés Jejê-nagôs e bantos, que não mereceu o cerimonial preparatório para assentar no seu sacerdote, babalaô, babalorixá, pai- de-santo. |
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Ferramentas | Insígnias que os orixás trazem nas mãos como símbolo de sua identidade mítica. Ogum traz uma espada, Oxóssi um arco e flecha etc. |
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Filha-de-Santo | A sacerdotisa dos candomblés Afro-brasileira, mulher dedicada ao culto de um orixá, tendo essa posição religiosa depois de um verdadeiro curso no terreiro , aprendendo o rito, danças, cantos, cerimonial, fazer a indumentária do seu santo, as iguarias que lhe são oferecidas. |
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Fungador | Instrumento musical africano trazido pelos escravos para o Brasil. |
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Guaiá | Chocalhos usados pelos Afro-descendentes. |
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Humulucu | Iguaria que se faz de feijão fradinho, temperado com azeite-de-dendê, cebola, sal e camarão. |
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Iá | Mãe. |
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Iabá | Orixá feminino. |
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Iabaim | Mãe da bexiga, varíola. |
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Iabassê | Cozinheira do culto, responsável pelas comidas dos santos. |
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Iaiá-Ioiô | Tratamentos de Senhora e Senhor dados pelos escravos aos meninos da casa-grande, os jovens amos. Também havia o hipocorístico iaiázinha e ioiôzinho. |
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Iakekerê | Mãe-pequena, auxiliar direta da ialorixá. |
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Iansã | Orixá sudanês dos ventos e da tempestade, uma das mulheres de Xangô. |
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Iaôs | São as filhas-de-santo em preceito, cumprindo os deveres e encargos do curso de iniciação ou recém-iniciadas. |
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Iaque-que-rê | Mãe pequena. |
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Iatebexê | Cargo feminino , geralmente dado a uma ekede, que tem como função cantar para os orixás, no barracão ou fora dele. |
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Iere | Semente semelhante a do coentro, usada na culinária afro como tempero do caruru, peixe e galinha. |
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Ilê | Casa, terreiro. |
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Ingono | Tambor de macumba e candomblé para danças populares. |
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Inkices | Deuses do rito angola. |
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Iru | Fava usada pelos africanos como condimento. |
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Iruquere | Ou Iruquerê, cauda de boi, com um cabo de osso ou de madeira, enfeitado de relevos. Pertence ao culto de Oxossi. Na África, entre sudaneses e bantos , é uma insígnia da realeza , enxota-moscas ou objeto privativo do rei ou dos primeiros príncipes. Todos os viajantes que atravessaram a Africa fazem menção do enxota-moscas do rabo do boi na mão do soba ou dos seus privados. Era de use no Egito clássico. |
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Iyalorixa | Alourixá , mãe-de-santo, mãe-de-terreiro, diretora do candomblé , sacerdotisa de um candomblé , sacerdotisa do culto Jejê-nagô, iniciadora, mentora e governadora absoluta do seu candomblé. |
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Já | Instrumento musical trazido pelos africanos para o Brasil. E uma sineta de metal utilizada na cerimônia de dar comida ao santo, orixá. |
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Jeguedé | Instrumento de percussão dos afro-brasileiros, popularizado no sul do Brasil , onde dominou a dança que se fazia ao som do mesmo. A dança Jeguedé era uma espécie de bambolê, ginástica , individual , com improvisações, embora dançada com muitos outros companheiros. |
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Jejês | Negros do Daomé, vindos para o Brasil como escravos e que tiveram influencia folclórica e etnográfica. |
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kelê | Colar que se amarra ao pescoço do iaô durante a iniciação e que permanece assim por três meses, conhecidos como período de kelê; diz-se que ele "separa a cabeça do corpo". É chamado também de "gravata do orixá". |
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Lógunéde | Erinlé teria tido com Oxum Yéyépondá, um filho chamado Lógunéde , cujo o culto se faz ainda, mas raramente em Ilexá. |
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Lundu | Dança e canto de origem africana trazidos pelos negros escravos bantos, de Angola para o Brasil. A chula, o tango brasileiro, o fado, nasceram do som do lundu. |
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Mãe-de-santo ou Mae-de-terreiro | Sacerdotisa do culto Jejê-nagô, dirigindo a educação sagrada das filhas-de-santo ou cavalo-de- santo. |
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Malembe | Cânticos rogatórios nos candomblés de origem banto. |
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Mandinga | Feitiço, despacho, mau-olhado. Os negros mandingas eram tidos com o feiticeiros incorrigíveis dos vales do Senegal e do Níger. |
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Martim-Pescador | É um orixá dos candomblés bantos, em Salvador, Bahia. 0 mais estranho dos orixás das águas é o pássaro martim-pescador , também conhecido entre os negros por marujo, pássaro cuja missão consiste em ser leva-e-traz para o mar das suplicas dos mortais às divindades do mar. |
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Moçambique | Dança africana, como explica a palavra. Foi conhecida e usada nos sertões pelos primeiros escravos mineiros trazidos para o trabalho da extração de ouro. |
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Nação | Rito religioso identificado às práticas das etnias de origem africana que foram trazidas ao Brasil. |
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Nagô | Nome por que se conhece o iorubano assim como todo negro da Costa dos Escravos que falava ou entendia o ioruba. |
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Nanã | A avó dos Orixas, também chamada de Nanã Buruku ( Buru=espirito; Iku=morte) |
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Obá | Orixá yoruba semelhante a Oya |
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Obag | Foram, na tradição dos iorubanos, os ministros do Rei Xangô, os mangbás , divulgadores , instituidores e defensores do culto,dando ao soberano tornado orixá os hábitos celestiais idênticos às predileções que possuía na terra. |
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Obaluayiê | Omolú (xapanã) - Obalúayé; "Rei dono da Terra", Omolu "Filho do Senhor", Sapata "Dono da Terra" são os nomes dados a Sànpònná (um título ligado a grande calor - o sol - também é conhecido como Babá Igbona = pai da quentura ) deus da varíola e das doenças contagiosas, é ligado simbolicamente ao mundo dos mortos. |
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Obrigação | Nome que se dá às confirmações da iniciação (de dois em dois anos, existindo obrigação de 1,3,5,7 anos e, depois, quando se tiver condições de dar). |
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Ogã | Ebomi do sexo masculino, que não entra em transe. |
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Oguedê | E a banana denominada da terra, frita e servida como sobremesa. |
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Ogum | Orixá do ferro e das guerras filho de Yemanjar ou Oduá com Oxalá |
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Oiá | Deusa do rio Níger, mulher de Xangô. |
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Omalá | E a comida do santo. Cada orixá possui seu omala. |
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Omi | Água. |
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Omó | Filho, criança. |
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Opanijé | Um dos bailados no candomblé Jejê-nagô da Bahia. |
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Opelê ifá | Instrumento oracular do babalaô. Um tipo de corrente com oito metades de caroço de dendê, que jogados aleatoriamente resulta configurações em número de dezesseis e que e dois lances fornece 256 configurações chamadas odus. |
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Ori | Cabeça, manteiga vegetal. |
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Orô | Cerimônia. |
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Òrúnmíla | Deus do destino, regente dos oráculos, Òrúnmíla é um outro nome de Ifá |
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Ossain-Òsányn | Divindade das folhas medicinais e litúrgicas |
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Oxalá | O maior dos orixás, entidade andrógina, a maior tradição religiosa como sobrevivência afro-brasileira. Orixalá ou Oxalá tem um caráter bissexual e simboliza as energias produtivas da natureza. Esse caráter andrógino de Oxalá e evidente nos seguintes cânticos do candomblé da Bahia: É representado por meio de conchas ou cauris , limão verde dentro de um circulo de chumbo. Pela convergência a força de aculturação , Oxalá identificou-se como o mais popular e prestigioso culto de toda a Bahia. 0 dia do culto especial de Oxalá e a sexta- feira. Ora, identificado como está com o Senhor do Bonfim ( Santo de maior devoção entre o povo da Bahia) , pode-se dizer que Oxalá tem, semanalmente, o culto mais ruidoso da Bahia. Todas as Sextas-feiras peregrinos dos subúrbios, da própria cidade e das circunvizinhanças vem em romaria visitá-la e implorar-Ihe proteção e auxílio. A falta de um deus supremo , por assim dizer palpável, os negros, Jejê-nagôs ou bantos, adoram Oxalá , um mito primitivo. Mora no alto de um monte, como na África. |
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Oxóssi | Orixá da caça e dos caçadores, Também ligado a terra virgem. |
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Oxum | Orixá dos rios e das Pontes, deusa do rio Oxum, na África. |
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Oxumarê | Sua tradução , quer dizer: arco íris , bem como uma versão, essencialmente masculino, e outra, como fêmea ou macho ( Besèn e Frekuén). Besèn, a parte feminina de Oxumarè, que se transforma durante seis meses do ano ( também evidenciado pela sua mudança de pele ). |
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Oyá | Iyá-mesan-órun, seu Oríki, mãe dos noves órun, Yásan. |
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Padê-de-Exu | Oferta de alimentos rituais feita ao orixá Exu, antes de qualquer cerimonia ou festa de candomblé afro-brasileira na Bahia. |
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Pata de Coelho | Amuleto que se divulgou no Brasil. É de origem africana , dos negros sudaneses, onde o coelho é um motivo prestigioso de astúcia, esperteza e felicidade. |
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Peji | Altar armado e dedicado a um orixá nos candomblés Jejê- nagôs. Também é quarto onde ficam as representações materiais dos orixás, chamadas de ibás. |
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Peji-Gan | Dono ou senhor do altar, sinônimo de pai-de-santo, mestre babalorixá nos candomblés Jejê-nagôs. |
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Povo-de-santo | Conjunto de todos os adeptos do candomblé ou da religião dos orixás. |
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Presente de lemanjá | Oferta ritual feita a rainha do mar, água de cheiro, flores etc. |
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Quizila ou eó | Tabu , implicância , interdição, indisposição em relação a algo ou alguém, conjunto de proibições. |
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Roda de Ebomi | Roda de santo formada apenas pelos ebomis, situando-se dentro da roda de santo, formando com esta, um círculo concêntrico. |
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Roda de santo | Círculo formado em ordem hierárquica para a dança no barracão e que o faz no sentido anti-horário. |
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Roncó | Clausura. Espaço reservado ao recolhimento dos iniciados. |
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Rum | O maior dos três atabaques; dança principal dos orixás; a saída, na iniciação , em que o orixá veste, pela primeira vez, suas roupas rituais e usa suas ferramentas. |
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Saída | Festa em que o iaô, após o período de recolhimento para a iniciação, sai pela primeira vez, apresentando-se publicamente à comunidade do povo-de-santo. |
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Sinhá | Corruptela de senhora. Termo originariamente usado pelos escravos africanos para chamarem as mulheres dos seus senhores , chamando , porem, as filhas de sinhazinha ou sinhá moça. Sinhá é gente de boa família , bem educada, gente fina. |
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Sinhô | Corruptela de senhor. Termo originariamente usado pelos escravos africanos para chamarem os seus senhores, chamando, porem, os filhos de sinhozinho ou sinhô moço. |
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Sudaneses | Compreende os iorubas da Nigéria ( nagô , ijexá, eubá , quêtu , ibadau , iobu ) os negros do Daomé ( Jejê, etc. ) , fanti-ashanti da Costa do Ouro , os grupos de outras regiões da Gâmbia , Serra Leoa, Nigéria , Sibéria , Costa do Marfim , da Malagueta, etc... Entende-se como influência sudanesa , as culturas guineano sudanesas que tiveram o credo muçulmano , fulas , mandingas , haussás e elementos de menor porção. A influência sudanesa no Brasil foi interessante na preeminência intelectual e social. Os Jejês teriam representado alforriados da Bahia para a África. Os nagôs fizeram, na Bahia , Capela dedicada ao Senhor Bom J esus da Redenção. As iguarias mais típicas da cozinha afro-brasileira são presenças nagô, como vatapá e caruru. 0 cerimonial religioso dos candomblés deve maior percentagem aos nagôs. São iorubas os instrumentos musicais dos candomblés em sua maioria, os ilus (tambores) o agogô, o adjá, o afofiê, o aguê. |
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Suspensão | Ato pelo qual o orixá "escolhe" alguém na assistência ou na casa de santo e lhe atribui um cargo. |
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Tempero | Elementos que compõem o fundamento religioso, como folhas, pós, sementes etc. |
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Tempo | O deus Tempo , cultuado nos candombles de Angola e do Congo , na Bahia , não é outro senão o deus Loko dos Jejês. Os negros de Angola também o chamam de Katende, Katende ngana Zambie , sem duvida, o estão transformado numa divindade distinta. Parece que , como Tempo, o deus do Jejês incorpora vários espiritos inferiores que , na crença dos bantos , habitam as árvores. O iroko , árvore sagrada em toda a Costa dos Escravos , e, na terra dos Jejês , considerada como sendo o deus Loko, "o deus das árvores " ( Herskovits ) , e a Chlorophora excelsa , na África , e dispõe de altares públicos em Abomey e Porto Novo, no Daomé. Na Bahia, entretanto e a gameleira branca, a grande gameleira das folhas largas, talvez a Fícus religiosa. No Maranhão , onde a influencia Jejê se faz sentir poderosamente na Casa das Minas , Loko se representa pela cajazeira. Como Tempo, o deus Loko esta mudando as fisionomias , as vezes com diferenças atmosféricas: " Vira o Tempo! Olho Tempo virou! " |
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Urucungo ou Orocongo | Instrumento de procedência africana , que consiste num arco de madeira, tendo um arame retesado , passado entre as pontas. Numa das extremidades, ou no centro do arame, a presa um pequeno catuto, de forma arredondada, com uma abertura circular. 0 som e obtido pela percussão da corda com os dedos ou com uma vareta (tocado igual a violino) ou uma haste de metal. |
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Vatapá | Tradicional prato da cozinha afro-brasileira. |
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Virar no santo | Entrar em transe. |
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Xangô | Xangô teria sido o terceiro àlàáfín Òyó - Rei de Oyó filho de Oranian e Torosi |
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Xinxin | Iguaria tradicional da cozinha afro-brasileira. |
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Xirê | Ordem seqüencial de cantigas para o orixá, cantada durante a festa; em Jorubá significa dançar, brincar. |
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Yemanjá | Ye omo eja = Mãe dos filhos peixe, ou ,Yéyé omo ejá ( mãe cujo os filhos são peixes) |
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